segunda-feira, 27 de julho de 2015

sexta-feira, 17 de julho de 2015


Mantras - Origem, Definição E Significado

Mantras - Origem, Definição E Significado



De acordo com os Upasnishads (antigas escrituras da Índia), a morada original do Mantra era Parma Akasha, ou éter primordial, o substrato imutável do Universo de onde, através do primeiro som, Vach, o próprio Universo foi criado. Vemos uma descrição semelhante no Evangelho de São João: "No princípio era o Verbo...". os Mantras existiam nesse éter e eram diretamente notados pelos rishis que os traduziam em padrões audíveis de palavras, ritmo e melodia.


Também os Vedas (outras escrituras antigas e sagradas da Índia divididas em 04 textos - Rig, Sama, Atarva e Yajur que datam entre 6.000 e 2000 a.C.) possuem diversos Mantras antigos. A palavra Vedas deriva da raiz "vid", que significa compreensão ou sabedoria.


Swami Vishnu Deavananda (1927-1993) que foi uma autoridade  mundial em Hatha Yoga e Raja Yoga afirmava o seguinte - "OM a palavra sagrada dos Hindus, é uma das palavras mais antigas que s conhece. há mais de 5.000 atrás e, provavelmente, na Suméria antiga, OM era conhecidoe utilizado como uma palavra secreta pelos místicos e sacerdotes Suméricos. Quando as tribos Indo-arianas foram da Suméria para o Norte da Índia, elas levaram consigo o OM, a palavra secreta e precisa. Nas escrituras Indianas mais antigas conhecidas, OM sempre tem um lugar de proeminência. Quase todos os Mantras e Hinos são iniciados e terminados comOMOM também é utilizado sozinho, como Mantra, sendo considerado o mais poderoso".

Alguns definem Mantra como prece ou oração. Mas Mantra não é oração. A oração ou prece consiste em palavras de súplica usadas pela pessoa que a realiza, enquanto o Mantra é uma combinação precisa de palavras e de sons que afetam os planos físico, etérico, astral, mental e espiritual. Mantra é uma combinação de sílabas sagradas (Aksha) que forma um núcleo de energia, ou seja, são sons baseados em energia.

Em sânscrito, a raiz man significa "pensar"; traderiva de trai, que significa "proteger ou libertar do jugo de samsara ou mundo dos fenômenos", portanto Mantra significa "o pensamento que libera e protege".
D

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Mantra de Divina Mae Kali. Colhido da obra Mantra O espírito do som e poder do verbo. Otávio Leal.


Divina Deusa Kali.

SWAMI SIVANANDA

© Tradução para o Português de
SWAMI KRISHNAPRIYANANDA


SOCIEDADE INTERNACIONAL GITA DO BRASIL
SANATANA DHARMA BRASIL
GITA ASHRAMA
Porto Alegre, RS
1997-2007

"Saudações a Divina Mãe Durga, que existe em todos os seres na forma de inteligência, misericórdia, beatitude, que é a consorte do Senhor Siva, quem cria, sustenta e destrói todo o universo".

A adoração de Devi é, portanto, adoração das glórias de Deus, e da grande supremacia de Deus. Ela é a adoração do Todo-poderoso. É desafortunado o ignorante entendimento feito por muito, como sendo Kali devi uma simples deusa Hindu sedenta de sangue. Não! Devi não é um demônio viciado em sangue, nem Ela é propriedade dos Hindus apenas. Devi não pertence a nenhuma religião. Devi é o poder ciente de Deus. As palavras sânscritas “devi”, e “shakti”, etc., e as idéias de diferentes formas ligadas com esses nomes, são grandes concessões transmitidas pelos sábios, devido às limitações do intelecto humano; no final das contas, são meios que tem o significado último de Shakti.

A Shakti original ou Adi Shakti está além da compreensão humana. Bhagavan Krishna diz no Bhagavad-gita: “Isto é apenas Minha natureza inferior. Além disto está a Minha natureza superior, o princípio da vida o qual sustenta o universo”.

Os Upanishads também dizem: “O Supremo poder de Deus está manifestado em vários modos. Este poder é natural de Deus, manifestando-se como conhecimento, força e energia”.

Aproxime-se d´Ela com amor e abra o coração. Revele o seu coração para Ele com franqueza e humildade. Seja uma criança simples. Mate sem piedade os inimigos como o egoísmo, astúcia, e desonestidade. Faça uma total, ser reserva, e dedicada auto-rendição para Ela. Cante Suas glórias. Repita o Seu Nome. Adore-A com fé e firme devocao. Realize uma adoração especial no dia de Navaratri. Navaratri é a ocasião mais adequada para fazer intensas práticas espirituais. Estes nove dias são muito sagrados para a Mãe divina. Mergulhe pessoalmente na Sua adoração; pratique intensa repetição do Nome Divino, tendo uma cota regular de repetições por dia, e um certo número de horas gastas nisso.

Devi lutou com Bhandasura e suas forças demoníacas por nove dias e nove noites. Este Bhandasura teve um maravilhoso nascimento e vida. Quando o Senhor Siva queimou o Cupido (Kamadeva) como fogo do Seu terceiro olho, Sri Ganesha alegremente moldou uma figura com as cinzas, e o Senhor soprou vida destro dela. Este foi o terrível demônio Bhandasura. Ele engajou-se pessoalmente em grande penitencias, e por causa disso ele obteve uma benção do Senhor Siva. Com a ajuda desta benção, ele iniciou a perturbar os mundos. Por conseguinte, a Mãe Divina lutou com ele por nove dias e nove noites. (os demônios possuem uma força extraordinária durante a noite), e matou-o pela manhã do décimo dia, conhecido como Vijaya Dasami. O estudo de qualquer ciência é iniciado neste dia altamente auspicioso. Ele foi o dia em que Arjuna adorou Devi, antes de começar a batalha contra os Kauravas, no campo de Kurukshetra. Sri Rama adorou Durga na época de lugar com Ravana, evocando-A para ajudar na guerra. Estes dias foram os dias que precedem o dia Vijaya Dasami. Eles lutaram e receberam a vitória através da Sua graça. Nos dias de outrora, os reis costumavam responsabilizar-se por ambiciosas expedições no dia de Vijaya Dasami. Os reis que não iam a tais expedições costumavam ir para caçar na densa floresta. Em Rajputana, Índia, mesmo nesta data, as pessoas simulam algum ataque alguma forte em no dia de Vijaya Dasami. Este dia, portanto, tem muito a ver com a vida de Sri Rama. Em nenhum lugar da história do mundo poderemos encontrar um paralelo para o caráter de Sri Rama como homem, filho, irmão, marido, pai ou rei. Maharishi Valmiki exauriu toda a língua para descrever as glórias de Sri Rama. E, nós devemos celebrar corretamente o Dussera se nós fizermos esforços honestos para destruir o demônio do nosso ego, e irradiar paz e amor onde formos. Permita-se a todos decidirem tornarem-se homens de legítimo caráter. Permitam nos decidir e agir assim. A história de Sri Rama é conhecida em quase todas as partes do globo, e se nós seguirmos uma centésima parte dos Seus ensinamentos, nós teremos nossas vidas mais fragrantes do que rosas, e mais brilhantes do que o ouro!

As observações religiosas, adoração tradicional e o observar os tempos de comemoração possuem mais do que um significado. Aparte de se estar adorando o Divino comemora-se os comoventes movimentos na história, sendo alegóricos, quando interpretado pelo ponto de vista oculto; finalmente, estas comemorações são pontos profundamente significativos, e desvelam orientações para o individuo no seu caminho para a realizar Deus.

Exteriormente, os nove dias de adoração a Devi são a comemoração do triunfo. Estes nove dias de celebração são oferecidos para a Mãe para o Seu sucesso na luta com os formidáveis demônios conduzidos por Mahishasura. Mas, para o sincero aspirante espiritual, a particular divisão do Navaratri dentro de um grupo de três dias, para adorar os diferentes aspectos da Suprema Deusa, são muito sublimes, uma vez que a verdade prática desvela-se. Este é o seu aspecto cósmico, ele resume os estágios da evolução do homem em direção a Deus, do Jivahood (o estado de individualização), ao Shivahood (o estado de auto-realização). Nesta sua importância individual, ele mostra o curso que a sua prática espiritual deve ter.

Deixe-nos agora considerar como, nos primeiros três dias, a Mãe é adorada como supremo poder, e força, como a terrível Durga. A adoração para a Mãe Durga deve ser para destruir todas as suas impurezas, seus vícios, seus defeitos. Ela é para lutar e aniquilar na base as qualidades animalescas no aspirante espiritual, a baixa e diabólica natureza nele. Também, Ela é poder que protege a sua prática espiritual dos muitos perigos e armadilhas. Assim nos primeiros três dias, os quais marcam os primeiros estágios da destruição das impurezas, empenhe-se em arrancar pela raiz, com esforço e determinação, as más tendências da sua mente, fazendo isto parte da adoração do aspecto destrutivo da Mãe.

Om Tat Sat

quinta-feira, 9 de julho de 2015

SAT CHIT ANANDA

O Poder do sutra SAT CHIT ANANDA

o poder do sutra SAT CHIT ANANDA

fonte: http://maisdemilfrasesdeefeito.blogspot.com.br/2011/05/o-poder-do-sutra-sat-chit-ananda.html
O Poder do sutra SAT CHIT ANANDA
O sutra é um mantra que encerra significado. O mantra em si não possui significado; é apenas uma vibração, um som. Ele se torna um sutra quando existe uma intenção codificada no som.
(...) Tanto os mantras quanto os sutras nos permitem transcender e alcançar uma consciência mais profunda.
(...) As mensagens contidas em um sutra são ao mesmo tempo simples e complexas. Seu eu pronunciar o sutra “aham brahmasmi” (“a essência do meu ser é a realidade suprema, a origem e a base do universo, a causa de tudo que existe), poderia ser preciso um dia inteiro, ou meio livro, para explicar e compreender essa frase. No entanto, o sutra contém o conhecimento completo desse complexo pensamento. Desse modo, esse sutra, essas duas palavras, resume todo o conhecimento. Ao voltar simplesmente a sua atenção para esse sutra, você experimentará e compreenderá toda a explicação nele contida.
(...) Você nem mesmo precisa compreender o significado dos sutras para que eles funcionem. Lembre-se de que se trata de sons da natureza aos quais é atribuído um significado. A alma entenderá o significado deles mesmo que você não o compreenda.
*trechos do livro “A REALIZAÇÃO ESPONTÂNEA DO DESEJO” de Deepak Chopra especialmente selecionados por Tom R. para o blog MAIS DE MIL FRASES DE EFEITO.
Nota do editor deste blog (Tom R.): Com essa breve explicação sobre sutras do nosso mago Deepak Chopra, quero apresentar para vocês o poderoso Sutra “I am SAT CHIT ANANDA”, que tem vários significados, todos parecidos, mas ambos trazendo uma complexidade imensa.
Na minha humilde interpretação de um estudioso de Sutras e Mantras e um beneficiado por esses sons mágicos, I am SAT CHIT ANANDA tem esses significados:
Eu estou em Todos e Todos estão em Mim.
Eu Sou Imune a toda e qualquer crítica.
Eu sou a Paz que prevalece em qualquer ambiente.
Eu sou a Luz que irradia Amor.
Eu sou a Resposta para todas as Minhas Perguntas.
Eu sou a Ação Certa em todas as situações.
Acompanhe o vídeo a seguir repetindo o Sutra e meditando sobre seus significados:


A ESSÊNCIA DO YOGA Por Giordano Cimadon.



A ESSÊNCIA DO YOGA

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O Yoga pode ser considerada como um conjunto de tradições que têm como objetivo comum a liberação do sofrimento e a realização da iluminação. O termo Yoga deriva do sânscrito yug, que significa união. Esta união é a que pode acontecer entre qualquer ser humano e a divindade. A concepção de Yoga é, portanto, similar ao que gnosticismo entende por religião, ou seja, pelo re-lígere, termo que também pode ser entendido como união com a divindade.
Através desta União Mística proporcionada pela prática e pela filosofia do Yoga, o ser humano pode adquirir domínio sobre sua natureza inferior, sobre seu corpo, suas emoções e seus pensamentos, libertando-se assim de toda trava proveniente de seu contato com a vida material. Também é através do Yoga que se torna possível desenvolver as faculdades psíquicas, os poderes latentes da alma, que alguns místicos orientais e ocidentais têm desenvolvidas, e que são responsáveis por fenômenos considerados mágicos ou milagrosos.
As bases da filosofia e da prática do Yoga encontram-se estabelecidas nos textos sagrados da Índia, como os Upanishads, o Bhagavad Gita, os Yoga Sutras de Patanjali, o Hatha Yoga Pradipika, entre outros. No Bhagavad Gita encontramos que o Yoga é um conhecimento existente há muitos milhões de anos. Investigações arqueológicas permitem aos cientistas estimarem que o Yoga existe há seis ou sete milênios.
O Yoga é uma das seis escolas pertencentes à Filosofia Hindu. Seus fundamentos filosóficos são iguais aos de outra destas seis escola, chamada Samkhya. Esta é a mais antiga e mais ortodoxa linha filosófica da Índia.
A escola Samkhya propõe que o Universo é composto de duas realidades imutáveis, chamadas Purusha e Prakriti. Purusha é considerado o centro da consciência, a verdadeira identidade de todo ser vivo, enquanto que Prakrti é a fonte de toda a existência material. Prakrti possui três qualidades ou tendências: tamas (escuridão, obscuridade), rajas (atmosfera, firmamento) e sattva (ser, entidade). Mais tarde falaremos sobre as gunas.
Sendo um conjunto de práticas compostas ao longo de milênios, o Yoga possui uma grande diversidade e uma de suas principais características é o universalismo. No Bhagavad Gita, o Yoga é classificada em quatro escolas: Karma Yoga, Bhakti Yoga, Jnana Yoga e Raja Yoga. Samael Aun Weor acrescenta ainda três escolas às quatro tradicionais: Laya Yoga, Samadhi Yoga e Hatha Yoga.
Atualmente existem inúmeras escolas de Yoga no Ocidente, a maior parte delas fundamentada num entendimento parcial na proposta central da Hatha Yoga, a qual pode ser considerada um fragmento da Raja Yoga. Portanto, as técnicas aplicadas na maioria das escolas de Yoga do Ocidente observam apenas um dos fundamentos da Hatha Yoga: a purificação do físico conduz à purificação da mente e da vitalidade.
Um estudo mais profundo da história do Yoga e de seus propósitos originais permitem a compreensão de que o Ocidente adaptou o sistema de exercícios do Yoga para satisfazer sua necessidade de culto à estética e à auto-imagem corporal, descartando assim, na maioria das vezes, todo o seu conteúdo filosófico considerado desnecessário, mas que é imprescindível para o desenvolvimento integral da proposta da Yoga.
Na Índia, a relação dos praticantes de Yoga é oposta àquela desenvolvida pelos Ocidentais. O objetivo é controlar o corpo e não utilizá-lo para fins transitórios e ilusórios. Assim como o corpo, pretende-se também através do Yoga dominar a mente e os desejos. Levando isso em consideração, entendemos que o grande número de escolas de Yoga existentes na Índia possibilita que o ser humano possa desenvolver toda sua potencialidade, além de poder acessar, através de formatos diversificados compatíveis com sua particularidade, um conhecimento essencial que o permita realizar esta União Mística.
Este conhecimento essencial, chamado de Essência do Yoga, é o tema central do estudo e da prática do Yoga dentro do Gnosticismo de Samael Aun Weor. Segundo o autor, todas escolas de Yoga tradicionais da Índia possuem este conhecimento síntese, um saber esotérico, chamado Sahaja Maithuna. As demais práticas que distinguem as escolas umas das outras, apesar de benéficas e necessárias para o desenvolvimento espiritual, pertencem ao chamado círculo público ou exotérico, carinhosamente chamado kinder, ou jardim de infância.
Entre tantos significados que a palavra Yoga possa possuir, uma é importante para nossa compreensão da Filosofia da Yoga. No sânscrito, um dos sinônimos de Yoga é o termo marga, que significa caminho ou senda. Portanto, quando se fala em Yoga, é possível se referir não só à Filosofia e à União Mística, mas também ao caminho através do qual se pratica esta Filosofia e através do qual é possível realizar esta União.
As escolas sempre foram consideradas imprescindíveis pelos antigos sábios indianos. Era lá que o aspirante poderia encontrar o seu guru, ou literalmente instrutor divino, geralmente um indivíduo que consagra de modo integral sua vida para a prática da Yoga e para a realização da iluminação e da liberação. A palavra guru possui um significado especial:
“A sílaba gu significa escuridão. A sílaba ru significa aquele que a dispersa. Pelo poder de dispersar a escuridão, o guru é assim chamado.” (Advayataraka Upanishad)
No Ocidente, contudo, esta forma é extemporânea e inaplicável, uma vez que, em geral, os instrutores não possuem requisitos necessários para receberem tal título. Nem mesmo nós ocidentais, praticantes do Yoga, seríamos capazes de nos relacionarmos com um legítimo guru indiano. Via de regra são extremamente exigentes, pois impõem disciplinas que dificilmente seriam cumpridas à risca. Na Gnosis segue-se a orientação dada por Samael Aun Weor a este respeito:
“O despertar da Consciência é urgente. Quem aprende a sair em corpo astral à vontade pode estudar aos pés dos Grande Mestres de Sabedoria. No Mundo Astral encontramos o nosso Guru, que nos instruirá nos grandes mistérios.” (Samael Aun Weor, O Matrimônio Perfeito)
Uma das principais características das Escolas de Yoga do Oriente é a sua configuração em dois círculos de aprendizagem. O primeiro, considerado Exotérico, Externo ou Popular, é destinado a ensinar ao público em geral sobre os rudimentos e os princípios básicos da filosofia e da prática da Yoga.
Como já foi mencionado anteriormente, este o círculo é chamado Kinder, palavra que significa jardim de infância, pois é onde os praticantes do Yoga aprender os primeiros passos da prática e da filosofia do Yoga.
Já o segundo círculo, chamado Interno ou Esotérico, está reservado aos praticantes mais avançados, aos que foram instruídos no círculo público, e à eles é destinado um tipo de conhecimento de natureza especial, chamado de Essência do Yoga. Este tema é de grande importância para o gnosticismo e será abordado em detalhes na sequência deste curso. Nos círculos externos ou exotéricos das escolas de Yoga encontramos o seguinte:
1) Karma Yoga: ensina a Disciplina da Ação Reta, que consiste em proceder de acordo com dharma, ou seja, pensar, agir e sentir de modo reto, preciso e impecável. Isto significa agir sem esperar pelos frutos da ação. Nas palavras de Krishna:
“Portanto, Arjuna, entregando todo o seu trabalho à Mim, com pleno conhecimento de Mim, sem desejo de lucro, sem revindicação de propriedade, e livre da letargia, lute.” (Bhagavad Gita)
O termo dharma também pode ter o sentido de conjunto de preceitos religiosos, do que se pode entender a existência de um dharma cristão (os mandamentos de Cristo), um dharma budista (os ensinamentos de Buda), um dharma islâmico (os ensinamentos de Maomé) e um dharma judaico (a lei de Moisés). Sendo assim, considerando o universalismo da essência de todas as religiões, pode-se praticar em todas elas o Karma Yoga (e as demais formas de Yoga, como ficará evidente adiante).
2) Bhakti Yoga: ensina a nutrir devoção e amor à Divindade. Bakhti é um termo sânscrito que significa algo como “amor bem-aventurado, abnegado e dominador que se sente pela Divindade, sob qualquer de suas formas”. Nas palavras de Krishna:
“Ocupe sua mente sempre em pensar em Mim, torne-se Meu devoto, ofereça homenagens à Mim e Me adore. Estando completamente absorto em Mim, certamente você virá até Mim.” (Bhagavad Gita)
Estas palavras inevitavelmente nos recordam da devoção e da mística do Cristianismo, e esta ligação fica ainda mais evidente quando analsamos quais as nove formas de praticar Bhakti Yoga:
  1. ouvir sobre o Senhor,
  2. glorificar o Senhor,
  3. recordar o Senhor,
  4. servir o lótus do Senhor,
  5. adorar o Senhor,
  6. oferecer orações ao Senhor,
  7. servir o Senhor,
  8. fazer amizade com o Senhor e
  9. entregar tudo ao Senhor.
3) Jnana Yoga: ensina o Conhecimento do Ser. Jnana é o termo sânscrito idêntico ao termo gnosis, significando portanto “conhecimento”. Porém, este conhecimento é o conhecimento de si mesmo, o auto-conhecimento. O objetivo da Jnana Yoga é conhecer Brahman, a realidade transcendental de todas as coisas. Nas palavras de Krishna:
“Quando ele entende que as várias formas de ser são latentes no Um e dele se espalham, então ele alcança Brahman. Aqueles que sabem, através do olho do conhecimento, a distinção entre o campo e o conhecedor do campo, assim como a liberação dos seres da natureza material, vão para o Supremo.” (Bhagavad Gita)
Os passos fundamentais da Jnana Yoga possuem semelhança incrível com as técnicas de auto-observação, e são os seguintes:
  1. Viveka (discriminação), a capacidade de diferenciar o Real do Irreal, o Eterno do Temporal,
  2. Vairagya (imparcialidade), a capacidade de se desligar de tudo o que é impermanente,
  3. Shad-sampat (seis virtudes), que são: controle da mente, controle dos sentidos, renúncia das ações que não são dharmicas, persistência, fé e concentração,
  4. Mumukshutva, anseio intenso pela liberação das limitações temporais.
4) Raja Yoga: ensina técnicas de meditação para adquirir experiências da Verdade e atingir a Iluminação. A Raja Yoga também é conhecida com o nome de Ashtanga Yoga. Ashtanga significa “oito membros”, pois descreve os oito passos através dos quais é possível experimentar a Verdade, ou seja, atingir o samadhi. Nas palavras de Krishna:
“Estabelecendo um assento firme (…) em um lugar limpo (…) tendo direcionado sua mente para um único objeto, com controle de seu pensamento e da atividade dos sentidos, ele deve praticar a Yoga para sua auto-realização. Firmando o corpo, cabeça e pescoço eretos, sem movimentos e quieto, olhando para a ponta de seu próprio nariz e não para qualquer lugar, com a mente quieta, sem medo, firme em seu voto de castidade, controlando a mente, com os pensamentos fixos em Mim, ele deve sentar, concentrado e devotado à Mim. Então, continuamente disciplinando a si mesmo, o yoguin cuja mente está subjugada vai ao Nirvana, para a suprema paz, para unir-se à Mim.” (Bhagavad Gita)
Os oito membros da Raja Yoga são:
  1. Yama (cinco abstenções): violência, roubo, sexo ilícito, mentira e posse,
  2. Niyama (cinco hábitos): pureza, contentamento, austeridade, estudo e entrega a Deus,
  3. Asana (assento): posturas diversas,
  4. Pranayama (controle da respiração): controle do prana,
  5. Pratyahara (abstração): anulação dos órgãos dos sentidos,
  6. Dharana (concentração): fixar a atenção num único objeto,
  7. Dhyana (meditação): contemplação intensa da verdadeira natureza da realidade e
  8. Samadhi (liberação): estado supraconsciente de iluminação.