Plátanos gnomos e fadas
Por entre as folhas amarelas
Do velho plátano,
Espreita timidamente a lua, cheia.
Na próxima lua já vai ter menos folhas,
Mas não pára de crescer,
As suas raízes continuam a aumentar,
Tornando-a cada dia mais resistente,
Mais flexível, mais árvore, mais Ser!
Existência solitária, a da árvore,
Árdua tarefa renascer todos os anos,
E crescer a partir dai, cada dia mais forte,
Grande Mestre o plátano, quando observado
Na sua essência,
Suporta temporais com a graciosidade
De um dia de primavera,
E cresce a partir do Amor por ser árvore,
Amor pelo Self,
Nos raios de luar que brindam o jardim,
Suspendem-se gnomos e fadas,
Celebrando, a existência do real
E do mágico, num mundo de misturas
Fantásticas, onde o Amor se diz
Na primeira pessoa, celebra-se o Verbo,
E observa-se a melodia das estrelas,
Em harmonia,
Para ver os gnomos e fadas do jardim,
É necessário ser plátano, ser gnomo, e ser fada,
E só nesse estado é possível ver a magia
Que existe no jardim, e na criança,
Que carrega na sua essência,
Um plátano, uma fada, e um gnomo,
E sonha todos os sonhos do mundo,
Silenciosamente…
José Dimas
2010
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