terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cometa Harley

Halley o cometa




Em 27 de novembro de 1985 cruzou pelo céu da
Terra o cometa Halley. Ele passa em intervalos
que variam entre 75 e 76 anos pela órbita terrestre.
Esse espaço de tempo foi calculado pelo astrofísico
Edmond Halley, que, em 1682, previu sua próxima passagem
em 1758. A próxima será no ano de 2061.



O cometa Halley é um cometa brilhante de período
 intermediário que retorna às regiões in...teriores do
Sistema Solar a cada 76 anos, aproximadamente.
Sua órbita em torno do Sol está na direção oposta
à dos planetas e tem uma distância de periélio de
0,59 unidades astronômicas; no afélio, sua órbita
estende-se além da órbita de Netuno.
Foi o primeiro cometa a ser reconhecido como periódico,
descoberta feita por Edmond Halley em 1696.

Órbita

O cometa Halley foi o primeiro cometa a ser reconhecido
como periódico. Reparando que as características observáveis de
um cometa em 1682 eram praticamente as mesmas que as de dois c
ometas que tinham aparecido em 1531
(observado por Petrus Apianus) e 1607
(observado por Johannes Kepler), Halley concluiu que
todos os três cometas eram na realidade o mesmo objecto que
voltava de 76 em 76 anos
(o período foi entretanto corrigido para 75-76 anos).
Depois de uma estimativa das perturbações
na orbita que o cometa iria sofrer devido à atração dos planetas,
Edmond Halley previu o seu regresso em 1758.
A previsão feita por Halley estava correta,
embora o cometa só tenha sido observado
a 25 de Dezembro de 1758 por Johan Georg
Palitzsch um agricultor alemão e astrônomo
amador, o cometa só passou o seu periélio
em 13 de Março de 1759, a atração de
Júpiter e Saturno tinham causado um atraso
de 618 dias, como foi calculado, anteriormente
ao seu regresso, por uma equipe de três
 matemáticos Franceses: Alexis Claude
de Clairault, Joseph Lalande e Nicole-Reine
Lepaute. Halley não sobreviveu para ver
o regresso do cometa, pois faleceu em 1742.

A possibilidade de o cometa Halley ser periódico j
á tinha sido levantada no século I D.C.
 por astrónomos Judeus.
Esta teoria baseia-se numa passagem
do Talmude que refere "uma estrela que
aparece em cada setenta anos e assombra os
capitães dos navios".

Aparições

O cometa foi registrado pela primeira vez
em 240 a.C. e mostrou-se visível a olho nu
em todas as suas 30 aparições registradas.
Nos anos 374, 607, 837 e 1066, apresentava
um brilho maior do que a mais brilhante das
estrelas do hemisfério celestial norte.
A aparição de 1066 ficou registrada nas
tapeçarias de Bayeux. O brilho do cometa,
quando está no periélio, tem sido interpretado
como uma indicação de que este perde
aproximadamente 3x1011 kg de gás e
poeira em cada aparição; este valor
representa cerca de 0,1% da sua massa total.
As partículas de poeira maiores compõem um
grupo de meteoros que é atraído pela Terra
duas vezes por ano. Isto tem como consequência as
chuvas de meteoros Eta Aquárida, no final de abril,
e Oriónidas, no final de outubro. A massa deste fluxo
de meteoros indica que o cometa está na meia-idade:
foi capturado pelo campo gravitacional de Júpiter,
que o obrigou a descrever a órbita atual mais ou
menos 200 mil anos atrás, numa época em que
seu núcleo tinha aproximadamente 19 km de diâmetro.
Este núcleo agora tem mais ou menos 11 km de diâmetro e dentro
de 300 mil anos terá desaparecido completamente.
O sucesso da predição de Edmond Halley do retorno
de seu cometa em 1759 foi considerado como uma
prova sensacional da lei da gravitação de Newton.

1910

Em 1910, uma série de notícias a respeito
do cianogénio, gás letal presente na cauda
do cometa, criou um clima de pânico à escala global.

Curiosamente, o que está na origem de todo
o alarido são descobertas científicas fidedignas.
Pela primeira vez, os astrónomos identificaram os
elementos químicos de um cometa, incluindo os
componentes venenosos, e a informação saltou
para a imprensa. Houve tentativas de explicar que,
 mesmo ao aproximar-se mais da Terra - na noite de
18 para 19 de Maio -, o cometa não envenenaria
ninguém, mas o estrago estava feito.
O que aconteceu a partir daí foi uma bola
de neve de superstições, especulação e
exploração comercial e religiosa.

Das mentes criativas dos contemporâneos
da penúltima passagem do Halley saíram
máscaras para escapar aos gases,
comprimidos que prometiam ser um
antídoto ao veneno, vestuário protector
e uma parafernália de mezinhas para
salvar da morte anunciada nos céus.
O Halley passou e continuou a sua órbita
sem causar danos que qualquer espécie na Terra.

1985/1986

No ano próximo à reaparição de 1986,
a humanidade tinha 28 anos de era espacial
e uma frota de espaçonaves foi enviada

para observá-lo, inclusive a sonda Giotto em julho de 1985.

Estava também planejado que duas
missões do Ônibus Espacial[1], a STS-51-L,
que resultou na destruição do Challenger, e a
STS-61-E, observariam o cometa a partir da
órbita terrestre baixa. A STS-61-E seria a missão
seguinte a decolar após o final do voo do Challenger.
Agendada para Março de 1986, transportaria o observatório
ASTRO-1, uma plataforma de estudo do Halley [1].
A missão foi cancelada e o Astro-99, com uma nova
circunferência de telescópios, somente foi ao espaço no final de 1990.

Aparição no futuro

O próximo periélio do Cometa Halley será em 28 de julho de 2061
Fonte: Enfoque Ribeirão Jornal Perfil II

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