sexta-feira, 9 de novembro de 2012



Plátanos gnomos e fadas






Por entre as folhas amarelas


Do velho plátano,


Espreita timidamente a lua, cheia.


Na próxima lua já vai ter menos folhas,


Mas não pára de crescer,


As suas raízes continuam a aumentar,


Tornando-a cada dia mais resistente,


Mais flexível, mais árvore, mais Ser!


Existência solitária, a da árvore,


Árdua tarefa renascer todos os anos,


E crescer a partir dai, cada dia mais forte,


Grande Mestre o plátano, quando observado


Na sua essência,


Suporta temporais com a graciosidade


De um dia de primavera,


E cresce a partir do Amor por ser árvore,


Amor pelo Self,




Nos raios de luar que brindam o jardim,


Suspendem-se gnomos e fadas,


Celebrando, a existência do real


E do mágico, num mundo de misturas


Fantásticas, onde o Amor se diz


Na primeira pessoa, celebra-se o Verbo,


E observa-se a melodia das estrelas,


Em harmonia,




Para ver os gnomos e fadas do jardim,


É necessário ser plátano, ser gnomo, e ser fada,


E só nesse estado é possível ver a magia


Que existe no jardim, e na criança,


Que carrega na sua essência,


Um plátano, uma fada, e um gnomo,


E sonha todos os sonhos do mundo,


Silenciosamente…






José Dimas


2010

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